Ceará aposta em negócios sustentáveis com lançamento de plano estadual de economia de impacto
O Ceará deu um passo importante para consolidar sua imagem como referência em inovação social e sustentabilidade. Nesta terça-feira (7), em Fortaleza, o governo estadual apresentou o Plano Estadual de Economia de Impacto – Ceará Edimpacto, iniciativa que pretende fortalecer empreendimentos que aliam viabilidade financeira a resultados sociais e ambientais.
Estratégia pioneira
O plano é resultado de um processo construído a várias mãos, envolvendo gestores públicos, empreendedores, pesquisadores e organizações da sociedade civil. Com duração inicial de dois anos, o documento estabelece 24 ações divididas em seis eixos estratégicos, que vão desde a ampliação de negócios de impacto até a criação de condições normativas e de acesso a capital.
“Queremos que o Ceará seja reconhecido como um lugar onde negócios crescem porque transformam realidades, geram inclusão e respeitam o meio ambiente”, afirmou o secretário do Desenvolvimento Econômico, Domingos Filho, durante o lançamento.
Mobilização de parceiros
A apresentação reuniu representantes de instituições públicas e privadas, como a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Federal do Ceará (UFC), Sebrae, Banco do Nordeste, FIEC e Fecomércio. Também estiveram presentes organizações ligadas ao ecossistema de impacto, a exemplo do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e da Coalizão pelo Impacto Fortaleza.
Para Ticiana Rolim, diretora da Associação Somos Um, o lançamento consolida uma tendência inevitável: “Medição de impacto não é mais diferencial, é exigência. Quem não se alinhar a práticas ambientais e sociais não terá espaço nos contratos e investimentos que estão sendo feitos hoje”.
Perspectivas
Além de alinhar o Ceará à Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto 2021–2030), o plano busca interiorizar as políticas públicas, levando a pauta para além da capital e estimulando empreendedores de diferentes perfis e portes.
A expectativa é que, nos próximos anos, o estado consiga estruturar uma rede robusta de negócios de impacto, fortalecendo cadeias produtivas locais, gerando emprego e renda e posicionando-se na vanguarda da economia sustentável no país.